segunda-feira, 4 de julho de 2022

É O QUE ME RESTA

 


“Então, de novo, choraram em voz alta; Orfa, com um beijo, se despediu de sua sogra, porém Rute se apegou a ela. Disse Noemi: Eis que tua cunhada voltou ao seu povo e aos seus deuses; também tu, volta após a tua cunhada”. (Rt 1:14-15)

 

Do texto sagrado acima, o que chama a atenção é “... Eis que tua cunhada voltou ao seu povo e aos seus deuses”.  Por que Orfa voltou ao seu povo e aos seus DEUSES? Provavelmente é porque, naquela situação, ela pensou: Fazer o quê? É o que me resta! E isso significa: Falta de perspectiva, falta de esperança, falta de coragem e, não vejo nenhuma luz no fim do túnel! O que me resta é: Meus pais, minha família, meus parentes, meus conhecidos, meu povo, minha gente, meu país e meus “deuses”!

 

É certo que, em algum momento, todos nós passamos por essa mesma situação! O momento da decisão, da escolha, de estabelecer prioridades, de reconhecer o que é mais importante! Orfa, apesar de triste, muito choro, abraços e beijos de despedida, precisava decidir: Vou em frente na companhia de minha sogra e cunhada? Ou volto para o meu povo e os meus deuses? O problema não está em voltar para o seu povo, mas, em voltar para os “seus deuses”! Aqui, Orfa está rejeitando o Deus Altíssimo para continuar na idolatria! Preferiu viver eternamente nas trevas, do que andar na Luz! Preferiu atender os anseios de uma vida perecível, do que viver uma vida perene na presença do Senhor!

 

E esse tem sido o dilema que o ser humano tem enfrentado! Dessa atitude depende o seu relacionamento de fé com o Deus Altíssimo! Você não precisa ser judeu para seguir a Cristo! Não precisa ser circuncidado para receber o perdão de seus pecados! Não precisa negar a sua origem para fazer parte do povo redimido por Cristo! O que o Deus Altíssimo não aceita são os seus pecados! Por isso Deus Pai enviou o Deus Filho (Jesus Cristo) a este mundo para enfrentar o altar do sacrifício e levar sobre Si os pecados de toda a humanidade! Condição? Crer!

 

Aliás, ser judeu e circuncidado nunca foi condição para a salvação! Por que você acha que os israelitas, em seus cerimoniais religiosos, usavam a prática dos holocaustos e sacrifícios de animais? Seria porque eles acreditavam que a expiação dos seus pecados se realizava através do derramamento do sangue desses animais? Certamente que não! Eles foram orientados que esse cerimonial era simbólico e que apontava para “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, Jesus Cristo! Assim, o fundamento da fé é o mesmo, Cristo Crucificado e Ressuscitado, tanto para os judeus como para os gentios.

 

Perceba que tanto Rute como Orfa tiveram a mesma oportunidade para se jogar nos braços do Deus Altíssimo! Rute aceitou! Orfa, não! E assim tem sido no decorrer da história! Lembre-se também, que na cena da crucificação de Cristo, dois malfeitores foram crucificados, um à direita, outro, à esquerda! Um arrependido, o outro blasfemando! Um indo para junto de Deus, com Cristo; o outro, afastando-se eternamente da presença do Senhor!

 

Outra lição que precisamos aprender: Quem está ao lado do Deus Altíssimo, não precisa temer o futuro nem aqui nessa existência humana e material, nem na eternidade! Percebeu como a vida de Rute melhorou em todos os sentidos? Casou-se e muito bem casada, encontrou um marido excelente, deu-lhe um filho que fez parte da genealogia de Cristo, vivia harmoniosamente com a sogra e, acima de tudo, em paz e com as bênçãos do Senhor! E Orfa? Não temos notícias dela!

 

Então, saiba que a melhor bênção em sua vida é colocar a sua fé em Cristo Jesus! Independente das lutas, dificuldades, vitórias ou derrotas; a vida com Cristo nos enche de boas perspectivas, luz, paz, na certeza de que “com Cristo no Barco Tudo vai muito Bem”!

 

“... sabendo que não foi mediante cousas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso do fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus”. (I Pe 1:18-21)

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