“Assim toda árvore boa produz bons frutos, porém
a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem
a árvore má produzir frutos bons. Assim, pois, pelos seus frutos os
conhecereis”. (Mt 7:17-20)
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai o
agricultor. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele,
esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. (Jo 15:1, 5)
O cristão deveria ser identificado pelas suas
atitudes, pelo seu modo de falar, pela sua maneira de tratar o próximo, pelas
suas boas ações ou obras. Nesse sentido, o apóstolo Tiago é contundente: “Assim
também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens
fé e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem obras, e eu, com as obras, te
mostrarei a minha fé”. (Tg 2:17-18)
Estas palavras de Tiago têm sido alvo de
controvérsias entre os próprios cristãos, uma vez que o apóstolo coloca em
evidência o valor das boas obras em relação à fé. Já, o apóstolo Paulo coloca
em evidência o valor da fé em relação à salvação, quando afirma: “Porque pela
graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de
obras, para que ninguém se glorie”. (Ef 2:8-9)
Uma análise profunda do assunto, à luz das
Escrituras, vai revelar que não existe contradição no ensino desses dois
apóstolos, como alguns supõem. Na verdade, as duas colocações se complementam.
Talvez haja alguma diferença em relação à ordem dos fatores. O que vem
primeiro? A fé ou as boas obras? As boas obras são resultado da fé? Ou a fé
acompanha as boas obras?
É ponto pacífico que a salvação não depende de
nossas boas obras! Para se afirmar o contrário, teríamos que anular centenas de
registros sagrados, os quais colocam em evidência o sacrifício expiatório de
Cristo na cruz por nós, destacando que é o sangue precioso de Cristo que nos
purifica de todo pecado, pois Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo!
Assim, atribuir poder de salvação às boas
obras, seria anular o sacrifício de Cristo na cruz! Por que teria Cristo sido
crucificado, caso nós mesmos pudéssemos resolver sozinhos o problema do pecado?
Era só cada um por si mesmo se esforçar por fazer boas obras e, pronto! A
salvação estaria garantida! Mas todo o verdadeiro cristão sabe que o preço da
sua salvação foi pago por Cristo Jesus na cruz, onde Ele efetuou a nossa
redenção!
A justiça humana diante de Deus é considerada
como trapos de imundícia. (Is 64:6) Assim, uma pessoa pode passar a vida toda
amontoando obras e mais obras, todas elas boas, e nem por isso vai conquistar o
céu por seu próprio merecimento. Salvação, não se merece. Salvação recebe-se! É
a obra expiatória de Cristo que garante a nossa justificação diante do Deus
Altíssimo!
Como receber tão preciosa dádiva? É aqui que
transparece o valor daquela palavrinha tão destacada pelo apóstolo Paulo: Fé!
Pela graça sois salvos por meio da fé! Isto não vem de vós! É dom de Deus! Não
de obras, para que ninguém se glorie! E é nesse ponto que aparece o valor da
ordem dos fatores: O que vem primeiro: A fé ou as obras? Boas obras, sem fé em Cristo, excluem a salvação! Salvação, sem obras, não evidenciam a fé! Alguém já
afirmou, com muita propriedade: “O cristão pratica as boas obras, não para
ser salvo, mas por ser salvo”! É o fruto da fé em Cristo!
“[...] sabendo que não foi mediante cousas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil
procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de
cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”. (I Pe 1:18-19)
“Assim brilhe também a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está
nos céus”. (Mt 5:16)
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