quinta-feira, 10 de julho de 2014

FÉ PROVADA PELO FOGO

“Quando ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de música, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou. Qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado na fornalha de fogo ardente.” (Dn 3:5-6)

Então, qual seria o castigo para quem não se ajoelhasse e adorasse a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor elegeu como “deus” para ele e para os outros? Resposta: O desobediente seria lançado na fornalha de fogo ardente! É claro que, nestas condições, o povo nem quis saber de conversa. Alguém estaria disposto a virar carvãozinho?

Assim, quando o maestro deu o primeiro sinal e a primeira nota musical soou, o povo já estava ajoelhado. Todos? Todos, não! Três jovens não se prostraram! Quem eram eles? Eram os três jovens príncipes de Judá – Hananias, Misael e Azarias, aos quais o chefe dos eunucos tinha dado os nomes de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Estes, não se curvaram perante a estátua e nem a adoraram! Por quê?

Porque eles eram fiéis ao Deus Altíssimo, o criador dos céus e da terra! Eles cumpriam fielmente os mandamentos do Senhor, quando ordenou aos filhos de Israel: “Não fareis para vós ídolos, nem para vós levantareis imagem de escultura nem estátua, nem poreis figuras de pedra na vossa terra para inclinar-vos diante dela. Eu sou o Senhor vosso Deus.” (Lv 26:1)

Duas lições preciosas para o cristão aparecem neste episódio: A primeira, diz respeito ao pecado da idolatria, lembrando que esse pecado não se restringe só às imagens de escultura. Há muitas coisas ocupando o primeiro lugar na vida de alguns cristãos, e isso também é idolatria! Por exemplo: o dinheiro, as atividades que acabam consumindo todo o tempo, e as energias da pessoa! Se o Deus Altíssimo ocupar o último lugar em sua agenda, você estará entristecendo a Deus e a sua vida estará sob o domínio da idolatria!

A segunda lição refere-se à postura que adotamos diante das fornalhas ardentes que costumam aparecer em nossas vidas! Por acaso, os jovens príncipes de Judá fugiram da fornalha de fogo ardente? Não! Eles não fugiram! Eles a enfrentaram! Eles sabiam que o Deus Altíssimo poderia livrá-los da fornalha, porém, eles nem mesmo pediram esse livramento! Eles estavam mesmo dispostos a morrer queimados em testemunho da sua fé!

Observe a argumentação deles: “Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: Ó Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste.” (Dn 3:16-18)

Existe esta mesma atitude nos cristãos hoje? Receio que não! É mais provável que se esta cena se repetisse em nossos dias, a maioria dos cristãos iria, em desespero, para suas igrejas, e com lágrimas, vigília e jejum, suplicaria: “Oh! Senhor! Apague esse fogo! Não quero morrer queimado!” Pois é essa a postura que prevalece no comportamento da maioria dos cristãos, hoje!

Ficam doentes, imploram pela cura! Falta emprego, pedem pão! Falta roupa, pedem agasalhos! Falta casa, pedem abrigo! Pedir, pedir, pedir! Quem está disposto a enfrentar a fornalha em testemunho de sua fé? Ainda não há o discernimento de que o Deus Todo-Poderoso não necessita apagar o fogo! Ele entra na fogueira conosco! Ele nos faz companhia! Ele é socorro bem presente na angústia! Então, esta é a verdadeira fé! Aquela que não foge do fogo, mas passa por ele e sai fortalecida!


“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.” (Sl 46:1) 

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