“Quando ouvirdes o som da trombeta, do pífaro,
da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de
música, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor
levantou. Qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora
lançado na fornalha de fogo ardente.” (Dn 3:5-6)
Então, qual seria o castigo para quem não se
ajoelhasse e adorasse a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor elegeu como
“deus” para ele e para os outros? Resposta: O desobediente seria lançado na
fornalha de fogo ardente! É claro que, nestas condições, o povo nem quis saber
de conversa. Alguém estaria disposto a virar carvãozinho?
Assim, quando o maestro deu o primeiro sinal e
a primeira nota musical soou, o povo já estava ajoelhado. Todos? Todos, não!
Três jovens não se prostraram! Quem eram eles? Eram os três jovens príncipes de
Judá – Hananias, Misael e Azarias, aos quais o chefe dos eunucos tinha dado os
nomes de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Estes, não se curvaram perante a
estátua e nem a adoraram! Por quê?
Porque eles eram fiéis ao Deus Altíssimo, o
criador dos céus e da terra! Eles cumpriam fielmente os mandamentos do Senhor,
quando ordenou aos filhos de Israel: “Não fareis para vós ídolos, nem para vós
levantareis imagem de escultura nem estátua, nem poreis figuras de pedra na
vossa terra para inclinar-vos diante dela. Eu sou o Senhor vosso Deus.” (Lv
26:1)
Duas lições preciosas para o cristão aparecem
neste episódio: A primeira, diz respeito ao pecado da idolatria, lembrando que
esse pecado não se restringe só às imagens de escultura. Há muitas coisas
ocupando o primeiro lugar na vida de alguns cristãos, e isso também é
idolatria! Por exemplo: o dinheiro, as atividades que acabam consumindo todo o
tempo, e as energias da pessoa! Se o Deus Altíssimo ocupar o último lugar em
sua agenda, você estará entristecendo a Deus e a sua vida estará sob o domínio
da idolatria!
A segunda lição refere-se à postura que
adotamos diante das fornalhas ardentes que costumam aparecer em nossas vidas!
Por acaso, os jovens príncipes de Judá fugiram da fornalha de fogo ardente?
Não! Eles não fugiram! Eles a enfrentaram! Eles sabiam que o Deus Altíssimo
poderia livrá-los da fornalha, porém, eles nem mesmo pediram esse livramento!
Eles estavam mesmo dispostos a morrer queimados em testemunho da sua fé!
Observe a argumentação deles: “Responderam
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: Ó Nabucodonosor, quanto a isto não
necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer
livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e das tuas mãos, ó
rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem
adoraremos a imagem de ouro que levantaste.” (Dn 3:16-18)
Existe esta mesma atitude nos cristãos hoje?
Receio que não! É mais provável que se esta cena se repetisse em nossos dias, a
maioria dos cristãos iria, em desespero, para suas igrejas, e com lágrimas,
vigília e jejum, suplicaria: “Oh! Senhor! Apague esse fogo! Não quero morrer
queimado!” Pois é essa a postura que prevalece no comportamento da maioria dos
cristãos, hoje!
Ficam doentes, imploram pela cura! Falta
emprego, pedem pão! Falta roupa, pedem agasalhos! Falta casa, pedem abrigo!
Pedir, pedir, pedir! Quem está disposto a enfrentar a fornalha em testemunho de
sua fé? Ainda não há o discernimento de que o Deus Todo-Poderoso não necessita
apagar o fogo! Ele entra na fogueira conosco! Ele nos faz companhia! Ele é
socorro bem presente na angústia! Então, esta é a verdadeira fé! Aquela que não
foge do fogo, mas passa por ele e sai fortalecida!
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro
bem presente nas tribulações.” (Sl 46:1)
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