domingo, 24 de julho de 2022

O DESPERTAR DO AMOR!

 


“Então, disse Boaz a Rute: Ouve, filha minha, não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas servas. Estarás atenta ao campo que segarem e irás após elas. Não dei ordem aos servos, que te não toquem? Quando tiveres sede, vai às vasilhas e bebe do que os servos tiraram. Então, ela, inclinando-se, rosto em terra, lhe disse: Como é que me favoreces e fazes caso de mim, sendo eu estrangeira? Respondeu Boaz e lhe disse: Bem me contaram tudo o que fizeste a tua sogra, depois da morte de teu marido, e como deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nasceste e vieste para um povo que dantes não conhecias. O Senhor retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio. Disse ela: Tu me favoreces muito, senhor meu, pois me consolaste e falaste ao coração de tua serva, não sendo eu nem ainda como uma das tuas servas”. (Rt 2:8-13)

 

Temos neste relato bíblico exposto acima, o despertar do amor entre um homem e uma mulher! Tudo muito lindo, puro e inspirador! Quando um amor assim floresce, o coração do Deus Altíssimo se desmancha em ternura! Amor sem preconceitos! Pois, Boaz era judeu e Rute era moabita! Boaz era patrão e Rute era serva! Boaz era rico e Rute era pobre! Porém, Boaz soube reconhecer em Rute as virtudes que ela possuía! Moça séria, acompanhou a sogra por amor, não por interesse! Amava o trabalho e não era preguiçosa! Não tinha segundas intenções! Nem mesmo sabia que as Leis Judaicas protegiam as viúvas! Poderia, se quisesse, procurar os juízes da época, abrir um processo e exigir a proteção da Lei tanto para a sogra como para ela própria! Ambas tinham direitos Legais! Não havia a Lei do Resgatador?

 

No entanto, o que percebemos? Vemos um homem movido pelo amor, assim como a mulher! Nesse cenário, o ódio não cresce! Assim, Boaz logo começa a manifestar sua preocupação com Rute! Queria protegê-la! Ofereceu-lhe, digamos assim, Trabalho Temporário, enquanto durassem as colheitas! Mas, com segurança e direitos garantidos! Colha suas espigas somente nas minhas plantações, dei ordens aos meus servos que respeitem você, fique com as minhas servas, beba água e alimente-se do que foi preparado para elas, não quero que nada de mal lhe aconteça, viu Rutinha!

 

Dessa forma, creio eu, se o relacionamento afetivo entre um homem e uma mulher seguisse as instruções do Deus Altíssimo, não existiria entre nós a palavra “feminicídio” e nem “masculicídio”, nem ainda haveria tantos processos entre casais exigindo direitos em patrimônio! Já pensou, se Rute fosse uma mulher interesseira, egoísta, belicosa? Ela chegaria diante dos juízes, apontaria o dedo para Boaz e gritaria, espumando: Obriguem esse cara a casar comigo! É meu direito! Quero tudo aqui bem na minha mão! Hoje, em nossa sociedade, é bem isso que acontece! Que vergonha! Humilhação! Como que o amor pode desabrochar num clima desses?

 

Ainda bem que Boaz e Rute nos deixaram uma bela lição de como é possível um relacionamento afetuoso, pacífico e com as bênçãos do Deus Altíssimo, sem precisar atritos, agressões, tirar tudo do outro, arrancar-lhe os dentes, furar-lhe os olhos, quebrar suas pernas e parar nas páginas de jornal, nos noticiários da televisão, nas redes sociais com cara “de onde surgiram tais pessoas?” Coisa feia! Contudo, numa sociedade que exclui o Deus Altíssimo de todas as decisões humanas, homens e mulheres precisam buscar as leis para sua proteção!

 

Sabe uma atitude bonita de Rute? Foi quando, após o almoço, era tanta comida que lhe deram, que ela não conseguiu comer tudo. De quem ela se lembrou? Da sogrinha Noemi, coitadinha, já bem velhinha que naquele momento nem tinha almoçado, pois não tinha comida... então, imagino Rute perguntando: Posso levar para Noemi, minha sogra? Claro! Deve ter sido a resposta! Assim, naquela tarde, ao voltar para casa, Rute quase não conseguia carregar tantas espigas no cesto, além do “almoço” que levou para Noemi! Mas, estava feliz! Noemi, quando viu tudo aquilo, exclamou: Querida norinha! Em que lavoura você trabalhou? Quem lhe favoreceu? Resposta: Nas plantações de um homem muito bom, respeitador, cujo nome é Boaz! Sente aqui, que eu vou lhe contar tudo! Foi maravilhoso!

 

Noemi, respondendo: E se eu lhe disser que este homem está na lista dos nossos resgatadores? Resgatadores, o que é isso? Rute fica de olhos arregalados! Depois, explico melhor, diz Noemi com um sorrisinho no rosto! O Deus Altíssimo está conduzindo tudo bem melhor do que eu esperava! Claro! Que dúvida!

 

“Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. (Rm 8:28)

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