“Porque os meus olhos estão sobre todos os seus
caminhos; ninguém se esconde diante de mim, nem se encobre a sua iniquidade aos
meus olhos”. (Jr 16:17)
As palavras acima foram ditas pelo Deus
Altíssimo, através do profeta Jeremias e direcionavam-se ao povo de Israel.
Para entendê-las, é necessário conhecer o contexto em que vivia a nação
israelita e o teor da mensagem dada ao profeta. Num primeiro momento, Deus
anuncia que o povo seria levado cativo para uma terra que eles não conheciam,
seriam obrigados a adorar os “deuses” dessa gente e seriam perseguidos de dia e
de noite e não poderiam contar com a misericórdia do Senhor.
Acompanhe o texto: “Portanto, lançar-vos-ei
fora desta terra, para uma terra que não conhecestes, nem vós nem vossos pais,
onde servireis a outros deuses, de dia e de noite, porque não usarei de
misericórdia para convosco”. (Jr 16:13) E o motivo? “Primeiramente, pagarei em
dobro a sua iniquidade e o seu pecado, porque profanaram a minha terra com os
cadáveres dos seus ídolos detestáveis e encheram a minha herança com as suas
abominações”. (Jr 16:18)
Na sequência dos registros no relato de
Jeremias, percebe-se que a terra do exílio foi Babilônia, nos tempos de
Nabucodonosor, e a principal ofensa que o povo de Israel cometeu contra o Deus
Altíssimo, foi a prática da idolatria. Era como se Deus dissesse: São ídolos
que vocês querem? Então, são ídolos que vocês terão! Divirtam-se! Num segundo
momento, Deus anuncia que depois que o povo israelita fosse espalhado entre as
nações, Ele mesmo, o Deus Altíssimo, os faria voltar, retornar para a sua terra
que havia sido dada a seus pais. (Jr 16:14-15)
Resta entender se depois de todos esses
acontecimentos, o povo aprendeu a lição e se estava disposto a retornar ao lar.
Sim? Ou não? Infelizmente, parece que não. Nada foi aprendido. A julgar pelo
que se lê: “Eis que mandarei muitos pescadores, diz o Senhor, os quais os
pescarão; depois, enviarei muitos caçadores, os quais os caçarão de sobre todos
os montes, de sobre todos os outeiros e até nas fendas das rochas”. (Jr 16:16)
Percebeu? Qual seria a razão desse comportamento? Se não estavam sendo bem
tratados em terras estranhas, não seria razão suficiente para desejar voltar? E
de forma espontânea?
Ao que tudo indica, o povo continuava ofendendo
ao Deus Altíssimo, continuava praticando a idolatria e, por isso, tentava
esconder-se do Senhor! Como se isso fosse possível! Daí, a razão das palavras
ditas por Deus: “Porque os meus olhos estão sobre todos os seus caminhos;
ninguém se esconde diante de mim, nem se encobre a sua iniquidade aos meus
olhos”. (texto acima)
A história do povo judeu ensina-nos lições
preciosas sobre o caráter do Deus Altíssimo, como Ele age, quais os Seus
propósitos, a Sua justiça, misericórdia, amor, compaixão. E, sobretudo, a Sua
fidelidade! Para quem acompanha o desenrolar dos fatos, muitos aspectos
proféticos indicados nos escritos de Jeremias, já se cumpriram. Hoje, a nação
de Israel existe, perfeitamente reconhecida pelas demais nações, vivendo a sua
história e aguardando o desfecho final, tal qual o Senhor declarou: “Portanto,
eis que lhes farei conhecer, desta vez lhes farei conhecer a minha força e o
meu poder; e saberão que o meu nome é SENHOR”. (Jr 16:21)
A lição que deve se aprendida por nós todos é
que ninguém pode se esconder do Deus Altíssimo! Seus olhos percorrem a terra e
registram todos os acontecimentos! Assim, é importante conhecer as Escrituras e
parar de tentar fugir de Deus! Não há motivos para fugir. Você está preocupado
com os seus pecados? Ninguém lhe contou ainda que Cristo levou seus pecados
sobre Si lá na cruz do Calvário? E os pagou? Agora, você pode aproximar-se de
Deus Pai, sem medo, sem culpa!
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