“Alegra-te, jovem, na tua juventude, e
recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que
satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas
estas cousas Deus te pedirá conta”. (Ec 11:9)
Quantas tentativas você já fez para modificar a
sua vida? Há pessoas que vivem tentando todos os dias dar uma nova direção, um
novo sentido para sua existência. Assim, de repente, você acaba se aborrecendo
de tudo o que você é e fez até então! Aí, você experimenta: novo trabalho, novo
curso, nova moradia, muda de bairro, de cidade, e quem sabe, até de país!
Talvez, as circunstâncias não permitam que você
realize todos os seus propósitos, no sentido de encontrar uma nova razão para
viver, mas o fato é que existe no ser humano uma inquietação que o faz viver
como as borboletas, voando de flor em flor, sempre em busca de novos coloridos,
novos perfumes, novas emoções.
De fato, a vida é mesmo um constante processo
de transformação! Às vezes, demoramos bastante para descobrir o que realmente
desejamos. Surgem os obstáculos, as barreiras, algumas impostas pelas
circunstâncias, enfim, não é muito fácil descobrir o que queremos da vida, e
quando se descobre, constata-se também, que mais difícil ainda é atingir as metas
estabelecidas.
Contudo, é importantíssimo o fato de você não
desistir! Não perder o rumo! Não deixar de almejar! Manter sempre viva a chama
da realização! Afinal, é o desafio que dá motivação à vida, não é? Aquela
história que nos contavam na infância - a da fada com a varinha mágica –
lembra-se disso? Já pensou que coisa mais sem graça seria a vida, se isso fosse
verdade?
E lá ia você com a sua varinha mágica fazendo
tudo o que desejasse! Aposto que em pouco tempo teríamos um “montão” de
varinhas mágicas quebradas, destruídas, porque, em algum momento, o ser humano
veria destruído o seu real poder de realização! O gosto pelo desafio! O sabor
da conquista! O valor de um trabalho bem feito! O prazer do triunfo após vencer
as dificuldades!
Já pensou se o lavrador se limitasse a estender
uma varinha mágica para os campos, e dissesse: feijão, aqui; arroz, ali;
batata, lá; mandioca, cá! Ora, tem graça? E “cadê” o prazer de preparar a
terra, de protegê-la das pragas, de orar pela chuva, de acompanhar o desenvolvimento
das plantas e depois, colher os frutos?
Portanto, não há nada de errado na busca, no
desejo de realização, nessa força interior que o Deus Altíssimo colocou em nós,
que nos possibilita a transformarmos as coisas para melhor! Entretanto, não confunda
isso com inquietação, com angústia, com frustração ou até mesmo com aquela
sensação de desencanto pela vida.
Na verdade, existe em cada um de nós uma sede
intensa de Deus! E no momento em que o ser humano reconhece isso, então ele
estará preparado para conhecer a maior fonte de transformação e realização que
uma pessoa possa desejar: Cristo! “Assim que, se alguém está em Cristo, nova
criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. (II Co
5:17)
Em conclusão, podemos entender que buscar a
realização dos nossos desejos, pelos meios corretos, assim como o trabalho
honesto, os estudos, a profissão, somados ao esforço equilibrado, sem dúvida,
esses são os meios que o Deus Altíssimo nos concedeu e, por certo, deseja que
façamos bom uso deles! Porém, afundar-se em conquistas materiais, como se isso
representasse a única fonte de alegria para a vida, é um equívoco que precisa
ser corrigido!
É preciso lembrar que fomos criados à imagem e
semelhança de Deus. Portanto, possuímos, além do corpo, uma alma sedenta pela
presença do Deus Altíssimo! E é por isso que Cristo nos convida e oferece: “[...]
Vem. Aquele que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça a água da vida”.
(Ap 22:17)
Nenhum comentário:
Postar um comentário