quarta-feira, 1 de outubro de 2014

CUIDADO COM AS LISONJAS!

“Então estes presidentes e sátrapas foram juntos ao rei, e disseram-lhe: Ó rei Dario, vive para sempre! Todos os presidentes do reino, os prefeitos e sátrapas, conselheiros e governadores, concordaram em que o rei devia baixar um decreto e fazer firme o interdito, que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões. Agora, ó rei, estabelece o interdito, e assina a escritura, para que não seja mudada, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar. Por esta causa o rei Dario assinou a escritura e o interdito”. (Dn 6:6-9)

Para que os políticos do império medo-persa conseguissem derrubar a Daniel do seu posto, foi necessário que antes, eles armassem também, uma cilada para o rei Dario. E o rei caiu nessa armadilha como patinho! Também, pudera! Eles apelaram para a vaidade de Dario! Fizeram o orgulho do rei ficar bem alimentado, e ele começou a se sentir lisonjeado, pois, afinal, o decreto alisava o ego  dele como sabonete perfumado!

Dario começou a se sentir importantíssimo, assim de um modo diferente, pois seria o alvo direto de todas as orações e petições do povo! Sentiu-se num altar, já santificado, com uma auréola na cabeça e um rosto angelical! Passou a andar de um modo mais macio, quase flutuando! Ainda embevecido pelo clima de santidade, assinou o decreto. Só mais tarde ele se deu conta da bobagem que fez!

Você percebeu que esse tal decreto mais parecia uma medida provisória, pois valeria só por trinta dias, o tempo suficiente para que os políticos do império conseguissem um motivo contra Daniel, que pudesse fazer o profeta virar almoço dos leões. E que decreto mais inútil, não acha? Tudo o que eles queriam era inventar uma lei para beneficiar a si próprios!

Qual era o objetivo disso tudo, afinal? Era tirar Daniel do poder! Eles queriam o poder e prestígio do império medo-persa, só para eles! Ninguém mais! Principalmente, o profeta Daniel! A verdade é que eles tinham inveja de Daniel. Será que os métodos utilizados hoje pelos políticos modernos, são diferentes dos utilizados na época do império medo-persa? Acredito que os métodos mudaram um pouco, mas o princípio continua o mesmo!

Qual é a lição que aprendemos desse episódio? Muito simples: Cuidado com as lisonjas! Elas nos derrubam mais facilmente do que um elefante correndo em disparada em nossa direção! Claro! Do elefante a gente corre e se esconde, mas das palavras lisonjeiras, nós nos deixamos envolver! Foi o que aconteceu com o rei Dario. Sem perceber a verdadeira intenção dos políticos de seu império, ele assinou um decreto que o faria perder o mais notável de seus colaboradores!

Assim, aprendemos que a lisonja é uma arma infalível nas mãos do inimigo! Esta arma já levou a raça humana a cair no pecado e se afastar de Deus. Lá no jardim do Éden esta tática já funcionou. Quando o maligno disse a Eva que se ela comesse do fruto proibido, ou seja, da árvore do conhecimento do bem e do mal, ela se tornaria igual a Deus, Eva também se sentiu lisonjeada, imaginando-se poderosa, em igualdade com Deus, e foi assim que a humanidade passou a trilhar o caminho do pecado.

E se você prestar bem atenção vai notar que essa tendência continua envolvendo as pessoas. Até nas crianças a lisonja já se manifesta. Já percebeu como os pequeninos conseguem dobrar os pais através da lisonja? Quando querem alguma coisa, chegam com agrados, palavras afáveis, elogios, doçura na voz, e pronto! Conseguem o que querem! Na escola? A mesma coisa! Já começam levando uma maçã para a professora e se desdobram em gentilezas e daí, para ganharem um pontinho a mais, fica fácil, fácil!

Para o cristão, prevalece o fato de que é a verdade que deve triunfar! Lisonjas não refletem a verdade! Falsos elogios escondem as verdadeiras intenções! Cristo, ao falar com as pessoas, não usava de lisonjas. Era objetivo, claro e franco! Os que estavam dispostos a ouvir a verdade permaneciam com Ele! Os que preferiam ser enganados, afastavam-se dEle! E assim, aprendemos: Cristo quer conquistar-nos, não com lisonjas, mas com o amor demonstrado na cruz!

  


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