quarta-feira, 10 de setembro de 2014

CHAMEM A DANIEL, O PROFETA!

“Ordenou o rei em alta voz que se introduzissem os encantadores, os astrólogos e os feiticeiros, e disse o rei aos sábios de Babilônia: Qualquer que ler esta escritura, e me declarar a sua interpretação, será vestido de púrpura, e trará uma cadeia de ouro ao pescoço, e será, no reino, o terceiro dominador. Então entraram todos os sábios do rei, mas não puderam ler a escritura, nem fazer saber ao rei a sua interpretação. Então o rei Belsazar perturbou-se muito, e mudou-se nele o seu semblante. Os seus grandes estavam sobressaltados.” (Dn 5:7-9)

Bem, você notou, pelo relato acima que, mais uma vez, um monarca precisou de seus assessores, e eles não foram capazes de solucionar o problema do rei. Belsazar, aflito, sem saber a quem recorrer, estava a ponto de desmaiar de desespero! Eis que então, a rainha entrou na sala do banquete e tentando consolar o rei disse, em resumo, o seguinte: - Você não ouviu falar de Daniel, o profeta? Nos tempos de Nabucodonosor, era ele quem resolvia essas questões! Mande chamá-lo, imediatamente!

A rainha, por certo, devia trazer nas mãos o “currículo” de Daniel: - Há no teu reino um homem que tem o espírito dos deuses santos. Nos dias de teu pai se achou nele luz, inteligência e sabedoria, como sabedoria dos deuses. Nabucodonosor o constituiu chefe dos magos, dos feiticeiros, dos astrólogos e dos adivinhadores. Este Daniel, a quem Nabucodonosor pôs o nome de Beltessazar, tem um espírito excelente, e conhecimento, inteligência, interpretação de sonhos, explicação de enigmas e solução de dúvidas. Em resumo, se há alguém capaz de resolver esta questão, esse alguém é Daniel! Leia o discurso da rainha em Daniel 5:10-12.

O que a rainha falou ao rei Belsazar a respeito de Daniel, tem muita coisa de verdade, porém, em alguns aspectos, ela estava equivocada. Que o profeta Daniel era sábio, inteligente, isso era, pois ele recebeu do Deus Altíssimo a sabedoria e o discernimento para interpretar os sonhos de Nabucodonosor. Que Daniel foi considerado dez vezes mais sábio que todos os encantadores, astrólogos e feiticeiros de Babilônia, isso também era verdade, mas daí dizer que ele era chefe desse “congresso de adivinhos”, isso não!

Se Daniel fosse chefe dos adivinhos do rei, por que então ele não estava no meio deles durante o banquete? Na verdade, Daniel foi chamado e lembrado mais uma vez, só porque eles estavam em apuros. Quantas vezes será necessário dizer que Daniel não era envolvido com práticas ligadas a feitiçarias, encantamentos, astrologia e outras atividades voltadas à adivinhação?

Daniel era temente a Deus! Daniel era homem de oração! Daniel era homem de fé! Daniel era fiel ao Deus Altíssimo! E isso era o que fazia a diferença entre ele e os adivinhos! Daniel não estava naquele banquete, e jamais poderia estar lá! Era uma festa cujo propósito era ofender a Deus! Blasfemaram o Nome do Senhor, Deus de Israel! Contaminaram os utensílios santos do Senhor! Beberam vinho nos objetos consagrados ao culto do Deus Altíssimo!

Daniel abominava aquele banquete e tudo o que ele queria era estar bem longe dali! Pense o quanto o coração do profeta deveria estar oprimido! É possível que Daniel, ao ouvir as gargalhadas daqueles bêbados, os louvores que eles estavam entoando aos deuses babilônicos, e sabendo que eles estavam profanando os utensílios consagrados ao serviço do Senhor, sim, com certeza, o profeta Daniel fechava os ouvidos com as mãos para não ouvir mais nada! Daniel não poderia nunca concordar com aquela festa pagã! Este deve ter sido um dos momentos mais tristes de sua vida!

Belsazar ofereceu presentes ao profeta. Daniel respondeu: “As tuas dádivas fiquem contigo, e dá os teus presentes a outro. Todavia lerei ao rei a escritura, e lhe farei saber a interpretação”. (Dn 5:13-17) E assim aprendemos que fidelidade a Deus implica em não fazer pactos, ou se deixar seduzir pelas obras das trevas.


E assim, Daniel foi convocado a se apresentar diante de Belsazar, não para participar do banquete, mas, para dizer ao rei qual era a interpretação da mensagem escrita por Deus na parede do palácio real. Qual era a mensagem? E qual era o significado da mesma? “Esta, pois, é a escritura que se traçou: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino, e deu cabo dele. TEQUEL: Pesado foste na balança, e achado em falta. PERES (PARSIM): Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas”. (Dn 5:25-28) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário