“No terceiro ano do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá,
veio Nabuconodosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou. O Senhor
entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da
casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinear, para a casa do seu deus.”
(Dn 1:1-2)
As profecias relativas a Israel, dadas pelo Senhor
através do profeta Jeremias, foram também vivenciadas pelo profeta Daniel.
Assim, deduzimos que Daniel foi contemporâneo de Jeremias. Se você ler os
registros proféticos, vai notar que o Deus Altíssimo designou profetas para
avisar o povo de Israel das consequências que viriam, se o povo não se
arrependesse de seus pecados e não voltasse para Deus.
Sobretudo, os profetas avisavam a respeito da invasão
das terras de Israel e o consequente exílio do povo. Ou seja, os judeus seriam
levados cativos para Babilônia e lá permaneceriam por setenta anos. Então,
avisados eles estavam!
Acontece que Israel permaneceu rebelde e não quis
ouvir a voz dos profetas! Resultado: o exílio chegou! Diz o texto que o rei de
Babilônia, Nabucodonosor, veio a Jerusalém e a sitiou, levando parte dos
utensílios da casa de Deus e os pôs na casa do tesouro do seu “deus”.
Então, aqui está a primeira característica de
Nabucodonosor – ele era pagão! Adorava ídolos! Naturalmente, como pagão que
era, ele estava exultante na sua fé! Colocou os utensílios consagrados ao culto
do Deus Altíssimo, na casa do “seu deus”. Por certo, pensava: “O meu deus é
mais poderoso que o Deus de Israel!”
Alguém poderia pensar que o rei Nabucodonosor dava as
ordens e todo o mundo obedecia! Afinal, ele era o imperador! Entretanto,
Nabucodonosor pensava que mandava, mas, quem mandava mesmo, e mandava de
verdade, era Deus! Nabucodonosor foi nada mais, nada menos que, o instrumento
que o Deus Altíssimo usou para fazer
cumprir a Sua palavra!
Perceba o que diz o relato bíblico: “O
Senhor entregou nas suas mãos a...” Isto quer dizer que Deus estava
acima de Nabucononosor e que esse imperador nada poderia ter feito se o Deus
Altíssimo não autorizasse! Com este fato aprendemos uma grande lição: Todas as
coisas estão subordinadas à ordem e autorização de Deus!
Ainda que Israel estivesse sofrendo as consequências
de seus próprios atos, e por isso suportando o exílio, ainda assim
Nabucodonosor, o instrumento de juízo, só poderia ir até onde o Deus Altíssimo
permitisse! Nabucodonosor não tinha permissão para tripudiar o povo de Deus!
Aprendemos então, que o Senhor é soberano e que em
propriedade Sua ninguém tem autoridade para tocar, a menos que Ele o consinta,
e somente até o limite que Ele mesmo estabelece! Isso é real também para aquele
que pertence a Cristo!
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (I Pe 2:9)
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