Porém, entendo que não é agindo
dessa maneira, que os problemas do mundo serão resolvidos! O próprio Senhor
Jesus, certa ocasião, se expressou assim: “Porque os pobres sempre os tendes
convosco, mas a mim nem sempre me tendes.” (Mt 26:11) Leia o texto e perceba o
que levou o Senhor Jesus a fazer esta afirmação. Alguém censurou uma mulher
pelo fato dela ter quebrado um vaso de alabastro cheio de precioso bálsamo e ungido
Jesus, numa atitude de devoção, agradecimento e desejo intenso de agradar ao
Mestre.
Esses críticos, são os mesmos
que, hoje, censuram os festejos natalinos, achando um grande desperdício,
tantos banquetes, enquanto outros passam necessidade. Bonito, não? Se
criticaram a Jesus, nós escaparíamos dessa falsa moralidade?
Até parece que aqueles que tanto
gesticulam, condenam, criticam, sejam capazes de subtrair a fome do mundo! Quem
dera fosse assim! Infelizmente, já existe a previsão sobre a questão da
pobreza: “Pois nunca deixará de haver pobres na terra: por isso eu te ordeno:
Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre
da terra.” (Dt 15:11)
Certamente o Senhor Jesus Cristo
não é indiferente aos sofrimentos do povo oprimido. Com certeza, Cristo sofreu
na carne a experiência de um dia contemplar o rosto da multidão e perceber que
havia fome no olhar do povo. Naquele momento, palavras não resolveriam.
Precisava haver ação. Precisava haver alimentos. E foi o que Cristo fez. Tomou
cinco pães e dois peixinhos, orou, abençoou aquela refeição e dividiu com o
povo, saciando a fome da multidão, e com fartura, pois ainda sobraram doze
cestos de pães e peixes.
Resolveu o problema no momento,
mas não em definitivo; pois, não consta no registro sagrado que Cristo tenha se
tornado padeiro e inaugurado uma rede de panificadoras. Ao contrário, quando o
povo voltou a procurar Jesus, pensando nos pãezinhos, foram censurados por Ele.
Os discípulos de Jesus
enfrentaram o mesmo dilema. Certa ocasião, Pedro e João se depararam com um
aleijado que olhava para eles com as mãos estendidas, esperando receber
dinheiro. Pedro lhe disse: “Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho,
isso te dou: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” E o homem se levantou
e andou! Não ganhou o que pedira, mas recebeu mais do que esperava! Recebeu
pernas saudáveis para caminhar e trabalhar e a partir de então, conquistar seu
próprio salário, sem precisar pedir a ninguém!
Mas, nem por isso Pedro e João
deixaram de pregar o Evangelho de Cristo, para abrir um hospital e começar a
recolher todos os aleijados da época a fim de curá-los!
Com isso, aprendemos o quê?
Aprendemos que, ainda que conseguíssemos dar alimentos a todos os povos, mesmo
que distribuíssemos panetones e brinquedos para o mundo inteiro, ainda que
todos os enfermos fossem curados fisicamente, o problema principal do ser
humano continuaria a machucar os povos! Que problema é esse? É a chaga chamada
pecado! O pecado que afastou o homem de Deus e o fez infeliz! Não foi sem
motivo que Cristo disse: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que
procede da boca de Deus.” Portanto, entendamos: O problema principal do homem
está no fato de que ele precisa de Deus! Foi esse o problema que Cristo veio
resolver. Ele disse: “Eu vim para buscar e salvar o perdido.” A questão que Ele
precisava resolver, foi resolvida cabalmente. Por isso dirigiu-se à cruz e nos
redimiu de todo o pecado. E selou, dizendo: “Tudo está consumado.”
Assim, aqueles que comemoram o
Natal, reconhecendo o Senhor Jesus como Salvador, têm todos os motivos do mundo
para celebrarem! E aqueles que ainda não O receberam, podem abrir seus
corações, com fé, e fazer parte do povo que se rejubila pelo nascimento do
Salvador!
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