“Como os
homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhas, viram
os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, e tomaram para si
mulheres de todas as que escolheram. Então disse o Senhor: Não permanecerá o
meu Espírito para sempre com o homem, pois é mortal; os seus dias serão cento e
vinte anos. Havia naqueles dias gigantes na terra, e também depois, quando os
filhos de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos.
Estes foram valentes, os homens de renome que houve na antiguidade.” (Gn 6:1-4)
Quando se lê este registro
sagrado, é natural que a primeira pergunta que surge em nossa mente é: Quem
eram os “filhos de Deus” mencionados neste texto? Nem você, nem eu, somos os
primeiros a fazer esta indagação. Há várias explicações, algumas delas,
totalmente descabidas; outras, aceitáveis, mas nem sempre comprováveis. Para mim, pessoalmente, a explicação mais
razoável é aquela que identifica esses homens como descendentes de Adão e Eva,
antes do pecado ter se infiltrado na natureza humana. Seriam pessoas iguais às
outras, com a única diferença de não conhecerem o pecado por experiência. Isto
até o momento em que começaram a se envolver com as moças, chamadas no texto,
como filhas dos homens, e com elas, tiveram descendentes. Alguma coisa de
diferente acontecia com essas crianças, pois tinham características físicas que
indicavam alterações genéticas. O relato diz que os meninos se tornaram
valentes e gigantes. Ao que parece, tinham também desenvolvimento mental acima
da média, pois se tornaram homens de renome na antiguidade.
Contudo, o que chama a atenção
neste episódio, é o fato de que, a partir daí, a degeneração humana começou a
se acentuar. Parece que o vírus do pecado desencadeou na natureza do ser humano,
uma decadência tal, que levou o Senhor nosso Deus a decidir destruir de sobre a
face da terra tanto o homem como o animal, os répteis e as aves do céu, pois,
como disse Deus “... me arrependo de os haver feito”.
“Viu o Senhor que a maldade do
homem se multiplicara sobre a terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de
seu coração era má continuamente. Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o
homem sobre a terra, e isso lhe pesou no coração.” (Gn 6:5-6)
Seria proveitoso, se cada
cristão procurasse analisar, dentro das Escrituras, os efeitos destruidores do
pecado na natureza humana. Os médicos e cientistas, deveriam paralelamente, ao
estudar os vírus que causam alterações físicas, identificar também o vírus
chamado pecado, invisível na sua essência, porém, real em seus efeitos. Quando
as Escrituras revelam a maldade humana, ela está falando de algo que não estava
no projeto original de Deus. Assim, quando a medicina apresenta remédios para
combater as doenças, ela está, na verdade, lutando contra os efeitos danosos
que o pecado imprimiu na humanidade.
E afinal, qual é o remédio
eficaz para combater o pecado? Não só combater, mas destruí-lo, acabar com ele,
anulá-lo, sim, qual é o antídoto capaz de livrar o gênero humano da condenação
do pecado? Eis o testemunho das Escrituras: “Mas Deus prova o seu próprio amor
para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda
pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos
por Ele salvos da ira.” (Rm 5:8-9)
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