“Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se alma vivente.” (Gn 2:7) “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;... Assim Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou...” (Gn 1:26, 27)
A primeira necessidade do ser humano diante da vida é conhecer e reconhecer a sua procedência, a sua origem. Quando adquirimos um aparelho eletrônico, a primeira orientação que nos dão é para ler, com atenção, o manual de instruções e, em seguida testar o aparelho com cuidado, conhecendo cada uma de suas funções, além de observar as regras de manutenção do aparelho. Ora, com o ser humano não é diferente. É, com certeza, bem mais complicado. Por isso mesmo, há necessidade de conhecermos muito bem quem nos criou, as orientações que Ele nos dá sobre nós mesmos, para que não nos anulemos ou, o que é pior, não nos destruamos.
Assim, quando as Escrituras afirmam que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, precisamos entender o que significa trazer em nós essa imagem e semelhança. Certamente, que isso representa trazer a marca registrada do Criador, de tal forma que Ele possa nos reconhecer como criaturas dele. Logo, já que o nosso Deus imprimiu em nós a Sua imagem e semelhança, então, com certeza, trazemos em nós as características de Deus.
E a primeira característica de Deus é o fato de que Ele é eterno, não tem princípio e nem fim. Deus é absoluto! E o ser humano? É eterno também? A composição humana, as substâncias que formam o homem, dura para sempre? Bem, se nos referirmos à matéria: carne, ossos, sangue, todos nós sabemos que essas coisas acabam. Nascemos e morremos. Tornamo-nos pó! Então, em que sentido somos eternos? Com certeza, é no que diz respeito ao espírito. Este vem de Deus e para Deus retorna. Diz a Palavra: “... e o pó volte à terra, como era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (Ec 12:7)
Este é o primeiro padrão de importância humana. O homem tem começo, mas não tem fim! Diferente de Deus, no sentido de que o nosso Criador não tem começo e nem fim. Precisamos reconhecer os nossos limites. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, mas não somos “deuses”. Contudo, quando o Senhor deu o seu próprio fôlego ao homem, Ele imprimiu em nós a eternidade! E isto é muito sério!
As leis que estabelecem os direitos humanos apregoam várias razões para enaltecer o ser humano. E não há nada de errado nisso. Porém, a importância do ser humano vai muito além de normas, leis e punições. A importância humana estende-se para a eternidade, em direção a Deus, o Criador! O nosso Deus demonstrou o valor que confere ao homem, quando se fez homem também! Em Cristo Jesus, o Verbo se fez carne e habitou entre nós! Primeiro, Deus nos fez semelhantes a Ele, em Cristo, Deus se fez semelhante a nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário